A República das Tetas
“- Estás a fazer 100 anos, República! Que te parece o futuro? - pergunto eu.”
“ - Eu, meu cidadão - responde a devassa - tenciono continuar a jorrar leite das minha tetas e a alimentar os corruptos, os socialistas e demais traidores da Pátria até, porventura, me tirarem do alto onde me colocaram, me enrolarem nas velas de uma Nau e me enterrarem bem fundo… restaurando o que, outrora, vim usurpar - o Trono e o Altar!”
- inspirado em MB -
Escrevo agressivamente.
A República, entendida como forma de governo (uma vez que o regime apenas pode ser, ou não, democrático), apresenta-se, segundo o velho Kant, encerrando:
“ - Eu, meu cidadão - responde a devassa - tenciono continuar a jorrar leite das minha tetas e a alimentar os corruptos, os socialistas e demais traidores da Pátria até, porventura, me tirarem do alto onde me colocaram, me enrolarem nas velas de uma Nau e me enterrarem bem fundo… restaurando o que, outrora, vim usurpar - o Trono e o Altar!”
- inspirado em MB -
Escrevo agressivamente.
A República, entendida como forma de governo (uma vez que o regime apenas pode ser, ou não, democrático), apresenta-se, segundo o velho Kant, encerrando:
- constituição que consagra a separação de poderes;
-governo representativo;
-limitação temporal ao poder soberano;
-liberdade de pensamento;
-igualdade entre cidadãos.
Agora, qual dos factores o mais ignóbil?
Tentando separar o conceito da antidemocracia (tarefa difícil) tratarei da forma republicana.
Em primeiro lugar, diga-se que a forma política de governo perfeita, por excelência, não pode separar e enfraquecer o poder que é, essencialmente, uno: muito menos impor-lhe um tempo/ prazo indicativo “daqui a x tempo, sais daí e vem outro…( para fazer, de preferência, ainda pior do que o que fizeste [se for possível])”.Veja-se: isto não é mera reflexão intelectual - é a vida política e social de todos os dias, de todos os meses e de todos os anos, desde o funesto 25 de Abril de 1974!
Governo representativo? A que propósito? Povo a escolher? O constitucionalismo, no continente europeu, tem 200 anos e foi uma reles importação inglesa. Não venham, por esta mesma razão, alguns historiadores afirmar que é já longa a tradição electiva e constitucional em Portugal.
Cinjo-me à liberdade de pensamento. E serão precisas mais palavras do que as de Fernando Pessoa, pensador antidemocrata já várias vezes aqui abordado, que escreveu: “quanto maior é o grau de cultura de uma sociedade [entenda-se: quanto maior for o número de fontes de livre acesso de informação e instrução/ doutrinação, ou seja, e resumindo “liberdade de pensamento” exacerbada] menos ela sabe orientar-se?”. Para quê, pergunto somente, contaminar, com contextos intelectuais falseados, um povo que, posteriormente, não sabe proceder à escolha certa?
Ainda sobre a escolha popular: a forma de governo que naturalmente brota da profundidade da Nação transtemporal Portuguesa é a Monarquia Pura Aristocrática ( e por definição antidemocrática).
Desta forma, não é a República, implantada pela força das “choças carbonárias e pela defecação dos partidos políticos”, como referiu Alfredo Pimenta, que corresponde à essência da Lusa Nação.
Os republicanos bradam que é preciso “ deixar o povo respirar”. Ora pois: façam favor de erradicar a mixórdia da forma de governo suja e abjecta que importaram de França (da mesma maneira que haviam feito com o constitucionalismo inglês em 1820) e que obrigam o povo português a aceitar desde 1910!
“Deixemos o Povo Português respirar” - SIM - aliviando-lhe o peso de uma forma de governo importada e ferozmente encaixada que, brutalmente, lhe contraria a natureza!
Igualdade entre cidadãos… Será? Digam-me: a opinião (e num caso extremo, o “voto”) de um analfabeto será igual aqueloutra de um indivíduo altamente instruído?
Não é possível. Há uma hierarquia natural na sociedade e é impossível contrariá-la. Até mesmo a Democracia a aceita, embora com contornos errados como, por exemplo, os do dinheiro.
Agora, não será óbvio que para uns mandarem, outros têm que obedecer, ou pelas palavras de Charles Loyseau: “ Não podemos viver todos na mesma condição. É necessário que uns comandem e outros obedeçam”? Continuam, republicanos convictos, a defender a igualdade entre “cidadãos” e a não prevalência, inevitável, sem dúvida, de uns sobre outros?Não me parece…
Mas atentem: se se levarem ao extremo caem em antinomia - que outra coisa é a igualdade absoluta entre homens, senão a anarquia?
Que se cite S. Tomás de Aquino: “O que sai da mão de Deus é ordenado. Ora a ordem implica uma hierarquia e, consequentemente, uma certa desigualdade”.
Termino com um raciocínio analógico: o governo terreno, para ser perfeito, tem que aspirar ao poder divino e celeste que é uno e indivisível. O Ser Supremo que o detém no absoluto - Deus - é, constringentemente, omnipotente. Vosso é o Reino, o Poder e a Glória para sempre.
Pergunto eu: Deus é REI do Universo, ou Presidente da República Universal???
Menestrel
Tentando separar o conceito da antidemocracia (tarefa difícil) tratarei da forma republicana.
Em primeiro lugar, diga-se que a forma política de governo perfeita, por excelência, não pode separar e enfraquecer o poder que é, essencialmente, uno: muito menos impor-lhe um tempo/ prazo indicativo “daqui a x tempo, sais daí e vem outro…( para fazer, de preferência, ainda pior do que o que fizeste [se for possível])”.Veja-se: isto não é mera reflexão intelectual - é a vida política e social de todos os dias, de todos os meses e de todos os anos, desde o funesto 25 de Abril de 1974!
Governo representativo? A que propósito? Povo a escolher? O constitucionalismo, no continente europeu, tem 200 anos e foi uma reles importação inglesa. Não venham, por esta mesma razão, alguns historiadores afirmar que é já longa a tradição electiva e constitucional em Portugal.
Cinjo-me à liberdade de pensamento. E serão precisas mais palavras do que as de Fernando Pessoa, pensador antidemocrata já várias vezes aqui abordado, que escreveu: “quanto maior é o grau de cultura de uma sociedade [entenda-se: quanto maior for o número de fontes de livre acesso de informação e instrução/ doutrinação, ou seja, e resumindo “liberdade de pensamento” exacerbada] menos ela sabe orientar-se?”. Para quê, pergunto somente, contaminar, com contextos intelectuais falseados, um povo que, posteriormente, não sabe proceder à escolha certa?
Ainda sobre a escolha popular: a forma de governo que naturalmente brota da profundidade da Nação transtemporal Portuguesa é a Monarquia Pura Aristocrática ( e por definição antidemocrática).
Desta forma, não é a República, implantada pela força das “choças carbonárias e pela defecação dos partidos políticos”, como referiu Alfredo Pimenta, que corresponde à essência da Lusa Nação.
Os republicanos bradam que é preciso “ deixar o povo respirar”. Ora pois: façam favor de erradicar a mixórdia da forma de governo suja e abjecta que importaram de França (da mesma maneira que haviam feito com o constitucionalismo inglês em 1820) e que obrigam o povo português a aceitar desde 1910!
“Deixemos o Povo Português respirar” - SIM - aliviando-lhe o peso de uma forma de governo importada e ferozmente encaixada que, brutalmente, lhe contraria a natureza!
Igualdade entre cidadãos… Será? Digam-me: a opinião (e num caso extremo, o “voto”) de um analfabeto será igual aqueloutra de um indivíduo altamente instruído?
Não é possível. Há uma hierarquia natural na sociedade e é impossível contrariá-la. Até mesmo a Democracia a aceita, embora com contornos errados como, por exemplo, os do dinheiro.
Agora, não será óbvio que para uns mandarem, outros têm que obedecer, ou pelas palavras de Charles Loyseau: “ Não podemos viver todos na mesma condição. É necessário que uns comandem e outros obedeçam”? Continuam, republicanos convictos, a defender a igualdade entre “cidadãos” e a não prevalência, inevitável, sem dúvida, de uns sobre outros?Não me parece…
Mas atentem: se se levarem ao extremo caem em antinomia - que outra coisa é a igualdade absoluta entre homens, senão a anarquia?
Que se cite S. Tomás de Aquino: “O que sai da mão de Deus é ordenado. Ora a ordem implica uma hierarquia e, consequentemente, uma certa desigualdade”.
Termino com um raciocínio analógico: o governo terreno, para ser perfeito, tem que aspirar ao poder divino e celeste que é uno e indivisível. O Ser Supremo que o detém no absoluto - Deus - é, constringentemente, omnipotente. Vosso é o Reino, o Poder e a Glória para sempre.
Pergunto eu: Deus é REI do Universo, ou Presidente da República Universal???
Menestrel
7 Comments:
Estupendo!!!!
Oportuno
Boa definição de república; boa análise; e boa analogia final. A qualidade a que já nos acostumou.
Os meus parabéns!
Pedro
O blog dos blogs> http://nacionalistascontraadelinquencia.blogspot.com/
O Rei é muito eficiente como símbolo, mas como governante, pode não ser o melhor, especialmente quando começa a ficar mais velho.
Deus é rei!
Há aí bastantes falhas e uma imparcial superficialidade na maneira como trata este tema mas pronto, está "giro" e tem alguma razão.
Enviar um comentário
<< Home