domingo, 27 de julho de 2008

O que temos hoje? O "Socialismo" - Capitalista

As doutrinas individualistas assentam em bases falsas, pois os homens nem nascem nem podem continuar na vida, em plena liberdade e igualdade.
A hereditariedade prende-os, logo à nascença, às qualidades ou aos defeitos dos seus progenitores, e a sociedade amarra-os aos seus semelhantes e distingue-os uns dos outros, pela diversidade de caracteres e de aptidões: - do imbecil ao génio vai um abismo.
Além de falsas, estas doutrinas tiveram consequências desastrosas, sobretudo no campo económico, pois que, pregando a liberdade de trabalho, de comércio e de indústria, vieram colocar o trabalho na vil condição de mercadoria, sujeito à "lei da oferta e da procura", e defendendo a "livre concorrência" (laisser faire, laisser passer) permitiram o aniquilamento dos mais fracos pelos mais fortes, quando eram aqueles, precisamente, os que mais protecção deviam merecer da sociedade.

As doutrinas socialistas, por sua vez, fazendo do Estado o único proprietário e único patrão, restringem inteiramente o papel do indivíduo.
Num regímen socialista integral, o homem não é mais do que uma engrenagem da grande máquina que é o Estado, ou uma "correia anexa à máquina". O Estado Socialista absorve totalmente o indivíduo e provê a todas as necessidades colectivas.
A liberdade e a iniciativa individual são aniquiladas e os indivíduos totalmente submetidos à omnipotência do Estado.


Ora, como a justiça social e a felicidade humana não podiam existir nas doutrinas liberais que deificavam o Indivíduo nem nas doutrinas socialistas que divinizavam o Estado esmagando os indivíduos, surgem as doutrinas intervencionistas com o objectivo de remediar exageros e os inconvenientes das duas doutrinas expostas.

(...)
in AFONSO, Martins; Princípios Fundamentais de Organização Política e Administrativa da Nação; compêndio para o 3º ciclo dos Liceus (vejam bem! LICEU!) pag 22.




Menestrel

5 Comments:

At 1/8/08 17:38, Anonymous Anónimo said...

Esse socialismo aí referido é o que vulgarmente se chama comunismo, o socialismo (PS) não diviniza o Estado, pelo contrário, destrói-o a fim de ser substituido pelo grande capital internacional.
O fim último será um totalitário governo mundial eregido sod os pilares da Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
NC.

 
At 1/8/08 17:44, Anonymous Anónimo said...

Esse socialismo aí referido é o que vulgarmente se chama comunismo. O socialismo (PS) não diviniza o Estado, pelo contrário, destrói-o a fim de ser substituido pelo grande capital internacional.
O fim último será um totalitário governo mundial erigido sobre os pilares da Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
NC.

 
At 1/8/08 18:55, Anonymous Anónimo said...

Compreendo o que escreve NC. Mas repare que este texto foi retirado de um manual liceal do Estado Novo. O socialismo de que ali se fala é uma mistura do revolucionário (comunista) e do reformista (socialista). Efectivamente, na génese, também o socialismo reformista originário visava colectivizar os meios e processos de produção para atingir a igualdade social. Agora, este último como bem escreve, aqui em Portugal, socretinamente, o socialismo tornou-se um sucedâneo do que era, sendo um capitalismo desregrado mascarado. Ja nem o socialismo é o que era!
Menestrel

 
At 29/8/08 20:54, Anonymous Anónimo said...

Confesso que nem sei bem por onde principiar. Vou evitar demorar-me sobre o bafio libertado pelo trecho citado. Isso é certo. Por outro lado, também me parece redundante explicar-lhe o longo papiro de horrores que a moral conservadora alimentou ao longo da História, a par - sublinhe-se "a par" - dos regimes totalitários que subverteram o marxismo. Tenho andado a navegar por blogues tão ao mais reaccionários. Deixo aqui o mesmo comentário que deixei noutros azimutes: Otelo estava pleno de razão quando sugeria que se arrebanhasse na arena do Campo Pequeno a corja remanescente.

 
At 25/3/09 22:42, Anonymous Anónimo said...

Que alegria. Merecem bem o que têm... Pff.

 

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