Fastios... ...
Muito se tem rugido contra Sua Santidade. Agora, até já os muçulmanos exigem desculpas formais de Bento XVI...
Entendamos o problema: o Papa afirmou que a fé não se deve expandir "com a espada", como incitou Maomé.
Caíram-lhe os infiés em cima.
Em seguida, Sua Santidade declara que esta não é a sua própria opinião...
Ora portanto, venha de lá a espada.
E o Mundo aguardará o regresso do Tribunal do Santo Ofício.
Entre os Guelfos e os Gibelinos (se alguém me entende), escolho os segundos. Mas um tribunal religioso no século XXI... obriga, no mínimo, a pensar um pouco...
8 Comments:
Estão as posições tão invertidas...
Sempre serei um "guelfo". Mas um guelfo dum papa que não cede aos infiéis o direito de opinar e decidir.
Corremos o risco de sermos gibelinos por obedecermos ao Papa, tal é o estado do "politicamente correcto".
Mais confusão lançada pelos nossos amigos do Crecente...
Caro Queiroz:
Poderá, com todo o direito, designar-se de "guelfo", mas nunca perca de vista que foi o Imperador Romano a delegar no Papa o título de "Pontifex Maximus"... por isso, o poder espiritual decorre do temporal e não o contrário.
Em termos medievais não aceito que o Papa possa depor o Rei (senão em casos específicos: "rex in regno suo imperator est"!).
De qualquer maneira, concordo consigo que temos de ser "guelfos" até certo ponto(e não gibelinos (extremados) como escreve)para defender o nosso líder espiritual. Caso contrário, não nos podemos dizer católicos apostólicos romanos.
Saudações!
Venha de lá a Inquisição!
cumpriments
Um Papa nazi e ponto final.
Muçulmanos embeiçados na idade medieval e em conquistar o que não lhes pertence. Parágrafo.
Caríssimo Menestrel, disse-o enquadrado no contexto actual, em que a defesa do papa não é (entendo-o) a defesa de pretensões ao poder temporal, mas a defesa da existência do poder espiritual (e ao seu reconhecimento, visto que Bento XVI opinou acerca de questões da Fé) face à ditadura do poder das massas (não sei se poderá ser considerado temporal, mas se o fôr, é de natureza diferente. Creio que percebeu o que disse.
Não comentei o meu guelfismo em termos medievais. Deixo isso a quem viveu nessas eras, pelas quais não estou particularmente "embeiçado" (cit. Buabá).
Saudações.
Caríssimo Menestrel: Mas o Tribunal do Santo Ofício continua a existir! Sob o nome de Congregação pela Doutrina da Fé, liderada pelo então cardeal Ratzinger, chegou já a lançar excomunhões...
Embora seja católico, como Português que me prezo, acho realmente perturbante esta ideia de continuar a existir um tribunal religioso em pleno século XXI. Lembra-me o contraponto islâmico; só que eles ainda estão no ano 1384 da Hégira...
Abraço
Caríssimo Carlos Portugal:
compreendo a sua analogia à Congregação pela Doutrina da Fé; mas de certo sabemos que, a instituição de hoje, se trata apenas de uma mera sombra do que foi o temerário poder do Tribunal do Santo Ofício.
O que eu queria dar a entender com o post (e que os meus leitores sublimentemente compreenderam) é que o nosso Papa tem uma inclinação para a restauração de um eventual poder estreitamente herdeiro da Santa Inquisição. Vamos ver o que aí vem!
Abraço.
Sem dúvida alguma, Caríssimo!
A ver vamos...
Um abraço.
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