terça-feira, 28 de agosto de 2007

A. Hitler e as suas leis da natureza.

Caro anónimo comentador do post de 16.08:

Compete-me responder-lhe aqui e não numa janelinha escondida, uma vez que me toca num tema muito chegado: a Alemanha. O Povo Alemão de que fala, não é marcadamente cristão-protestante, afirmar isso é, declaradamente, lançar uma falácia (ou sofisma?). Se já teve oportunidade de viajar, ou pelo menos estudar a História da Alemanha, então saberá que é um país dividido entre o Catolicismo e os Protestantismos (sobremaneira o Luteranismo). Para além de derivar de muitos lados, esta é uma consequência do princípio "cujus regio ejus religio" que se seguiu à Paz de Augsburg e à subsequente Reforma Protestante.


Agora qual o porquê desta imagem de Hitler? Primeiro para espicaçar as mentes (que pensam que são viradas à esquerda e) para lhes dar que fazer, acusarem-me de ser incoerente e pôr imagens do Führer ao lado de imagens de santos (já que vem a propósito - Santo Agostinho; Santo Anselmo; e São Tomás de Aquino). À parte desta pequena provocação, devo acrescentar que a ave que se vê em cima da cabeça do líder carismático nascido na Áustria, não é a pomba do divino Espírito Santo, mas uma alegoria à águia do III Reich. Humor à parte, onde quero eu chegar? Apenas escrever que não tem razão no que escreve: Adolf Hitler era um político e um orador astuto, um homem com facúndia verdadeiramente esmagadora. Não obstante, era também senhor de convicções inabaláveis, com uma fé vincada nas suas crenças - tão vincada que levava outros a defender as suas ideias, e para além disso, reproduzindo as suas próprias palavras! Por conseguinte, não pode dizer que Hitler cristianizou o discurso, um homem que gritava aos quatro ventos que: "os inimigos do Nacional-Socialismo não são apenas os judeus, marxistas e os cristãos, mas também e certamente elementos da incorrigível, estúpida e revolucionária burguesia".


Adolf Hitler não era, pois, um político que transformasse os seus ideiais para se adaptar ao povo - aliás, no seu pensamento, o próprio povo é que tinha de se adaptar ao novo ideal "revolucionário". Tudo isso seria tão absurdo como escrever que o líder do III Reich chegou mesmo a exaltar a presença social dos judeus na sociedade alemã, por amor aos votos da alta finança, quando está logo perfeitamente plasmado nos primórdios dos 25 pontos do NSDAP, o ódio aos judeus.

2 Comments:

At 2/9/07 21:51, Anonymous Anónimo said...

Muito bem explicado os temas relativos ao pensamento do Fuehrer. e como escreveu, pode com coerência ser católico e aproveitar parte da doutrina nazi.

cumprimentos.

 
At 3/9/07 19:10, Anonymous Anónimo said...

Numa palavra: B-R-I-L-H-A-N-T-E! *

 

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