quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Liberdade II - enfermidade do suposto "direito"

A liberdade não é um direito. Se a liberdade fosse um direito, como a esquerda libertária imbecilmente quer impor, então a ideia de autoridade para controlar o engodo da liberdade perde fundamento e assim, vivemos constringentemente na anarquia. É tão simples como isto.

Quanto às origens, a Santa Sé adopta a narração mitologica de Adão e Eva. Como é de conhecimento geral, Deus criou o primeiro homem e a primeira mulher, deixou-os a viver no Jardim do Éden e logo a mulher caiu na tentação de comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.

Ora, o que se depreende daqui? O óbvio - o início da liberdade humana foi concebido no pecado (que hoje abunda como água em dias de cheia) o consumo! Por conseguinte, a liberdade humana é um desvalor criado nesse ninho pecaminoso, e que brota da contra-obediência à ordem divina.

Para além do mais, esta liberdade de escolha não foi racional, mas antes impulsionada pela curiosidade. Trata-se de um acto que fez o homem transcender à Natureza, sozinho e livre, sim, mas agora envergonhado, inseguro e cheio de medo, porque sabe que está nu. A liberdade que acabou de criar é uma maldição e recorda já saudosamente os tempos da servidão doce ao Senhor.

Agora pensemos em que medida isto se reflecte nos papéis do Estado, da Igreja e da consciência colectiva e dos valores que nos guiam.

Menestrel

4 Comments:

At 8/11/07 21:17, Blogger Santos R. Queiroz said...

Caro Menestrel,

Deus traddit mundum disputationibus eorum...

Entendo que a liberdade é um valor, desde que se submeta, e ainda assim como conquista furtuíta, à defesa da Pátria, e que saiba terminar onde o Dever começa- para com a Família, para com a Pátria, para com Deus, na sua forma trinitária.

Como muito bem disse, a liberdade não é um direito, é uma circunstância. Já a libertinagem, é uma doenpça de espírito. E curiosamente, é a isso que eles se referem, ao clamar por Liberdade...

Tenho lá pelo blogue uns excertos de Teixeira de Pascoaes que referem a Liberdade praticamente na medida e que a estamos aqui a discutir.


Cordialíssimos cumprimentos.

 
At 8/11/07 22:35, Anonymous Anónimo said...

Verdadeiramente... SOBERBO!
Gostei especialmente do recurso ao mito de Adão e Eva como ponto de partida para a teorização...

 
At 18/11/07 20:19, Anonymous Anónimo said...

A liberdade é um mito, a liberdade que interessa é aquela que apoiada na razão, e não na paixão, nos liberta dos vícios do nosso corpo.

 
At 20/11/07 21:37, Anonymous Anónimo said...

Caro Santos Queiroz:

Compreendo o que me escreve, mas isso não é liberdade, é o sentido de dever e obediência - não é uma escolha, é antes um ditame da consciência nacional que se reflecte no patriota.

De acordo com a noção circunstancial, contudo que não o deve ser, pois o seguimento do caminho deve assentar na doce servidão/ obediência.

Saudações patrióticas!

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Cara Pepita:
Agradeço o elogio.

Cumprimentos.

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Caro Nacional Cristão:

A liberdade é verdadeiramente um mito! E, completamente de acordo, quando exalta o livre-arbítrio espiritual (não material) do Homem para se purificar e elevar a Deus.

Saudações!

 

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