terça-feira, 15 de janeiro de 2008

"A Cambada"


"Álvaro Cunhal, esse grandecíssimo malandro (que é) que não deixa de ser uma das principais figuras (tenebrosas) deste país. Um homem condecorado pelo "sol"da URSS, um homem conhecido em todo o mundo [...]

"Ora vamos lá, meu querido amigo. Não estranhem que eu chame "querido amigo" a Álvaro Cunhal, porque sei o que estou a fazer. E ele também sabe. Então tu, Álvaro (tratamo-nos por tu como fazem os "amigos" do PC) censuras a RTP por me ter deixado ir ao Telejornal falar do reaparecimento de O DIABO? Então tu, Álvaro Cunhal, esqueces que sempre que sai um jornal de certa importância (não a podes negar a este, visto que a ele fizeste referência) - ou reaparece - os directores vão à televisão?

"Claro que devem ter saltado por cima das tuas ordens para me ignorarem. Porque sei que as deste. Tive a prova disso quando mandaste pôr as bombas no PAÍS e lá foi a televisão (depois de eu muito insistir, claro). Foi e silenciou-me. E eu tinha muito para dizer. Mas o redactor que fez a reportagem (qual reportagem?) não me quis ouvir e prometeu-me que no dia seguinte lá iria alguém para me entrevistar. A bombita de Lopes Cardoso teve primeiras páginas e reportagens na televisão. As minhas nem sequer uma entrevista no Telejornal!

"E a bomba no SOL que eu dirigia? Sim, Álvaro Cunhal, agora vieste à liça, vou falar-te nela. Nessa bomba. ÉS UM ASSASSINO. Toda a gente sabe dos MASSACRES por ti ordenados (como responsável pelo PCP), mas nem toda a gente sabe que mandaste pôr uma bomba para me matar no SOL. Não morri, mas fiquei doente do coração.Mas não tão doente que não possa ainda falar. O medo que inspiras a certa pobre gente (ainda, apesar dos sete e meio, apesar da decadência do teu partido, apesar de já todos saberem o que ele representa) ainda funciona. [...]"

Acabámos de ler excertos do livro A CAMBADA, escritos por VERA LAGOA em 1978, a fundadora do jornal O DIABO que sai às terças-feiras e que já foi algumas vezes citado neste blog.

Para além de dar a perspectiva real e verdadeira do que foi a revolta militar do 25 de Abril (qual revolução popular, qual quê!), mostra o que foi no pós-revolta, a invasão de casas particulares pelo COPCON do animal Otelo (ao pé do qual a PIDE-DGS era uma amadora), as perseguições aos "reaccionários" que se opunham ao PC, os conluios da esquerda para diabolizar o que quer que se lhe opusesse, enfim, tudo aquilo que criou o sistema no qual vivemos hoje, passivamente, no dia-a-dia, enquanto eles - Odete Santos, Otelo Saraiva de Carvalho, Jerónimo de Sousa, Mário Soares, Manuel Alegre... toda essa cambada sórdida pela qual eu nutro um profundo NOJO, se riem na nossa cara; e já aburguesados, vão vivendo requintadamente e, cuspilhando em nome do povo que dizem representar e defender os interesses, vão enxovalhando Portugal.

NOJO sim,
mas também VERGONHA.

Menestrel

sábado, 5 de janeiro de 2008

Odeiam-se as ideias, não se odeiam os homens.

Concordo com alguns elementos.


http://www.nacionalistaslivres.blogspot.com/

Menestrel

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Ideal europeu


(E perdoem-me aqueles que, embuídos pelo princípio romântico das nacionalidades, à la XIXème siècle, da autodeterminação-por-tudo-e-por-nada dos povos, leia-se minorias nacionais, ficarão indubitavelmente escadalizados.)
É assim que a Europa deveria ser...!
Menestrel