domingo, 28 de outubro de 2007

Reflexões sobre a liberdade

Não é meu intento fazer aqui e agora um estudo sobre a liberdade, de modo a adormecer em menos de nada, quem leia este blogue.
Em primeiro lugar, porque prefiro discorrer sobre conceitos que valem por si, ou seja, axiomas, algo que a liberdade não é. Em segundo, correria o risco de o fazer de uma forma demasiado rude e incompleta.

Reflictamos, pois, não teorizemos.

Então, o que é a liberdade? Constitui a faculdade de fazer o que não é proibido na lei; neste âmbito o fazer ou deixar de fazer alguma coisa.

"GRANDE ESCÂNDALO, esta definição" - pensam os abrilistas funestos, os anarquistas sedentos da defesa idiotice, os socialistas libertários e por aí fora. "Temos o DIREITO de fazer o que queremos! E se a lei estiver errada? E se..? E se...? E se...?"

Portugueses: este é o tipo de discurso que vos seduz a alma. O libertacionismo,o libertarismo da moral e da civilização tradicional, da comunidade como o foi no passado, com cada membro tendo a sua função e a sua posição social. A Lei Natural (divina) (não a lei feita na pocilga, perdão, Assembleia da República (a lei positiva)) é um desígnio superior, algo que tem de convergir com a lei humana. É por isto que temos de nos assumir contra a laicização do Estado.

Alexandre Herculano escrevia que se "o Estado não se confessa, não ouve missa, não pratica religião" é um disparate falar em religião do Estado. Mas Herculano, coitado, também não sabia avaliar a importância de certos factos e, por isso, destruiu algumas das fundeações nacionais (e mais valia que tivesse estado sossegado em Santarém). Ele sim foi disparatado. Não é o Estado que tem religião, nem tem de ter, realmente. A questão é que os estados, ou seja, o que era na Monarquia Tradicional os três estratos sociais (evocação perfeita e etérea à Santíssima Trindade) têm de pugnar na religião. Por conseguinte, na Nação religiosa, há uma extensão natural ao Estado. Logo tem de haver religião no Estado: em Portugal, e com privilégio, a Santa Igreja Católica e Apostólica Romana.

Para além disto, já Hobbes afirma no seu Leviathan que muitas das guerras decorrem do facto do Homem cair para o conflito, pois a sua predisposição de natureza para a guerra -homo homini lupus- a isso induz, mas sobretudo, porque tendo uma Lei Natural e uma Lei Positiva díspares, o Homem sem guia para interpretar, ao sentir-se perdido, resolve pela força.

A liberdade é, por conseguinte, um desvalor que é preciso controlar a todo o custo. "A Santa Sé determina o princípio do livre-arbítrio" - eu sei, muito obrigado. Mas é certo que temos Sacerdotes que nos dizem: "Vai por ali". Verdade, não é? Logo, há liberdade mas também há autoridade para aconselhar bem. É isto que existe na Monarquia tradicional- um Rei que é Pai da Pátria e que cuida do seu povo.



Menestrel

(P.S.: Brevemente, escreverei ainda mais alguma coisa sobre as origens da liberdade como desvalor.)

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Portugal, o que és tu hoje? República e infâmia.

Acabei agora de assistir à emissão das celebrações republicanas do 5 de Outubro. Não pude impedir-me de ver. Talvez até não devesse escrever, ainda com o sangue quente, depois de ver tanta idiotice junta, mas não posso deixar de o fazer.

A República Portuguesa é uma adulteração, uma prostituição nacional. Vómito sórdido importado da França jacobina, a república é imposta ao Povo Português "pela força das choças carbonárias e pela defecação dos partidos políticos" segundo o nosso solene Alfredo Pimenta. Não é a forma de vida que nos corresponde: é-nos completamente estranha, dado que vivemos durante séculos sob a alçada do Rei, e para ela havemos de voltar.

A república, enquanto forma de governo, impõe uma prazo mandatado para o Chefe de Estado,
que deveria ser um símbolo de temporalidade nacional e um bastião paternal do Povo. Hoje, este, é um bandalho, um tipo qualquer engravatado à moda burguesa, que sobe a um palanque e muge uns avisos "aos pais" sobre a educação nacional (como se a culpa do estado cultural deste país não fosse daquela choldra que estava para lá amontoada!)

A república é uma forma política de vida que incomoda o Povo em actos eleitorais, supostamente maciços (porque vai cada vez menos gente) e absurdos; que ao invés de recrutar elites (já nem falo em escol!) para colocar o nosso país na linha do que foi outrora, se ocupa em fornecer estes seres abjectos verdes e vermelhos (que são tão imbecis que se dizem republicanos, apenas por conveniência e acomodação) que vivem para acumular fortuna e viver à custa de um Povo que o sustenta e que, por ser brando, não se revolta!!!

Vivemos numa Cleptocracia! Escrevo para quem quiser ler, "Vivemos numa CLEPTOCRACIA!"

Por isso, o único 5 de Outubro que me merece ser celebrado foi o que nos deu origem: o da Fundação da Nacionalidade!

Viva a Monarquia Portuguesa, tradicional e orgânica, como foi e há-de tornar a ser .

Menestrel