quinta-feira, 30 de agosto de 2007

"Avante co'a manada, avante"!

"Avante co'a manada" será o novo verso aplicado ao refrão da canção comuna. Sim, porque para a classificação da Festa do Avante, só mesmo uma expressão de cariz animal faz jus à palhaçada que se desenrola neste país, por estas datas...

Mas vejamos a questão a fundo: esta "festa" o que é, afinal? É um tempo em que a rapaziada nova se esfrega no chão e, sob o sol de Setembro, aproveita a deixa para o marmelanço; ou, no caso do cinquentão (que se escapou ao Ultramanar, quando novo), andando de camisa desabotoada até ao umbigo, toma o seu tempo para cuspilhar umas mentiras contra o grande estadista que foi Salazar, aldrabando umas históriazitas com a PIDE, para dar sensação.

A Festa do Avante é uma festa de gente saloia, e porquê? Porque a malta vai para lá enfardar umas sardinhas, umas costoletas de porco e, ao mesmo tempo, até dá para ver aquele homem que "volta na volta" aparece na tv a resmungar "umas coisas" contra o governo, e ao que parece diz defender o "povo" (s-g PCP); sendo que também vêm aquele motoqueiro que é locutor (Cândido Mota)...

Ora, esta gente não quer saber o que é o comunismo. Esta gente, não sabe o que é o comunismo. Vão para lá, com o intuito de conviver, e não se apercebem que estão a dar dinâmica a uma força que os quer destruir...
E ainda me caem em cima, quando eu digo que o povo português é estúpido; e que a democracia não funciona.

Querem prova maior?

"Avante co'a manada, avante. Junt'á tu' burric' aqui à minha"...

Menestrel

terça-feira, 28 de agosto de 2007

A. Hitler e as suas leis da natureza.

Caro anónimo comentador do post de 16.08:

Compete-me responder-lhe aqui e não numa janelinha escondida, uma vez que me toca num tema muito chegado: a Alemanha. O Povo Alemão de que fala, não é marcadamente cristão-protestante, afirmar isso é, declaradamente, lançar uma falácia (ou sofisma?). Se já teve oportunidade de viajar, ou pelo menos estudar a História da Alemanha, então saberá que é um país dividido entre o Catolicismo e os Protestantismos (sobremaneira o Luteranismo). Para além de derivar de muitos lados, esta é uma consequência do princípio "cujus regio ejus religio" que se seguiu à Paz de Augsburg e à subsequente Reforma Protestante.


Agora qual o porquê desta imagem de Hitler? Primeiro para espicaçar as mentes (que pensam que são viradas à esquerda e) para lhes dar que fazer, acusarem-me de ser incoerente e pôr imagens do Führer ao lado de imagens de santos (já que vem a propósito - Santo Agostinho; Santo Anselmo; e São Tomás de Aquino). À parte desta pequena provocação, devo acrescentar que a ave que se vê em cima da cabeça do líder carismático nascido na Áustria, não é a pomba do divino Espírito Santo, mas uma alegoria à águia do III Reich. Humor à parte, onde quero eu chegar? Apenas escrever que não tem razão no que escreve: Adolf Hitler era um político e um orador astuto, um homem com facúndia verdadeiramente esmagadora. Não obstante, era também senhor de convicções inabaláveis, com uma fé vincada nas suas crenças - tão vincada que levava outros a defender as suas ideias, e para além disso, reproduzindo as suas próprias palavras! Por conseguinte, não pode dizer que Hitler cristianizou o discurso, um homem que gritava aos quatro ventos que: "os inimigos do Nacional-Socialismo não são apenas os judeus, marxistas e os cristãos, mas também e certamente elementos da incorrigível, estúpida e revolucionária burguesia".


Adolf Hitler não era, pois, um político que transformasse os seus ideiais para se adaptar ao povo - aliás, no seu pensamento, o próprio povo é que tinha de se adaptar ao novo ideal "revolucionário". Tudo isso seria tão absurdo como escrever que o líder do III Reich chegou mesmo a exaltar a presença social dos judeus na sociedade alemã, por amor aos votos da alta finança, quando está logo perfeitamente plasmado nos primórdios dos 25 pontos do NSDAP, o ódio aos judeus.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

1945-6

Por aqui a navegar na internet, deparei-me com este vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=BSJcXPCxlzI&mode=related&search=

Trata-se, para quem vê, da etapa final dos Julgamentos de Nuremberga, ou seja, a execução dos "criminosos". Pergunto eu (que sei que a União Soviética andava por lá imiscuída...), onde ficou a tolerância democrática - e o perdão!? A aceitação da minoria vencida? A desnazificação foi a negação de um dos maiores princípios democráticos. E faz-me alguma confusão, como simples mortal.
Vejamos: eu sou um crítico da tese britânico-soviética-americana da demonização do genocídio. (Aliás, como eu digo sempre, são os vencedores que escrevem a História- e sempre à sua maneira). Havia, efectivamente, um plano de erradicação dos judeus na Europa, mas essa cantiga do Holocausto não a tomo eu como certa.
Há relativamente pouco tempo estive num Campo de Concentração, na Alemanha. Na câmara onde as SS e os kapos faziam o gaseamento das roupas dos prisioneiros para exterminar os parasitas que as infestavam, pude eu ver um tecto manchado de azul. Ora antes de viajar, ocupei-me a informar-me que o Zyklon B, o gás supostamente usado para matar judeus em massa, realmente acumulava-se no tecto, deixando--o azul. Até aqui tudo correcto com a teoria. Quando, porém, passo mais três salas e entro na dita "câmara de gás", vi um tecto mais branco do que o chão da minha casa-de-banho... E cogitei "o que se passa aqui"? (...)
Enfim, é apenas um pensar escrito... Mas temos de nos ocupar cada vez mais, desde pormenores.
(não se esqueçam de ver o filme, embora as músicas não combinem com nada...)
Menestrel

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Sem novidades, ou não...


Por aqui continuamos... Neste país doente e descrente. Há meses que não tenho escrito nada. Porventura os meus leitores (os poucos que cheguei a amealhar) já deixaram de aqui vir. Escrevo, pois, para mim.


Passaram as eleições intercalares para CML e o PNR cresceu, efectivamente. Foi um orgulho para mim ver um partido escorraçado e que os senhores feudais da comunicação social (como já cheguei a ler ao sapiente Professor Adelino Maltez) se ocupam em abafar.


Foi, por conseguinte, muito bom... apesar de pouco.
Prossigamos.
Menestrel