Antinomias Pessoanas [para as massas] - A Defesa e Justificação da Ditadura Militar em Portugal
Quando eu retomei a reflexão sobre a antidemocracia em Fernando Pessoa, num texto mais a sul, alguém houve que me lançou a deixa para que resumisse um pequeno opúsculo do poeta - O INTERREGNO. Muito bem, num estilo leve, para não aborrecer, e com intuito de deixar marcadas, nas mentes mais abertas e iluminadas, as ideias essenciais, abaixo escrevo.
O autor de Mensagem principia, desde logo, por fazer saber que, desde 1578, é o seu NÚCLEO DE ACÇÃO NACIONAL o primeiro a agitar os espíritos e a falar "nacionalmente ou superiormente a este País". E porquê? Porque perdemos o ideal nacional (e com o fim do Império em 1974, destruímos o último dos conceitos) e, como consequência desse vazio de ideias, emparceirámos com a França republicana e jacobina:
«se resultou com os avecs, também resultará connosco» pensou aquela burguesia radical dos Arriagas e dos Costas.
Mas Pessoa aponta-nos a diferença: para além de não haverem leis sociais universais - patranha dos positivistas (e dos marxistas românticos)- Portugal não tem vida institucional legítima e, assim sendo, a vida constitucional fica erguida sobre o nada. E do nada, nada pode vir.
OS PARTIDOS: essa excrescência democrática. O nosso autor afirma que os partidos não se baseiam na "opinião pública" - o alicerce de qualquer governo verdadeiramente justo - porém, antes a orientam e assim pervertem: não a servem, mas servem-se dela.
Daí que: "A DEMOCRACIA MODERNA É A SISTEMATIZAÇÃO DA ANARQUIA" da soma das vontades individuais para chegar à "opinião pública", algo absurdo, porque a "opinião pública" não advém da inteligência, mas sim do instinto, como já escrevi num dos textos anteriores.
A nível histórico, é-nos explicado que "o processo de desnacionalização começou com os Filipes, agravou-se com os Bragança [não me venham falar em restaurar esta Casa para o trono!!!] e explodiu no Constitucionalismo. A contra-reacção da República trouxe o estrangeirismo completo".
Ficam, somente, estas curtas notas. O pequeno opúsculo tem umas simples, mas intensas, 61 páginas. Leiam... Por Portugal.
Menestrel
O autor de Mensagem principia, desde logo, por fazer saber que, desde 1578, é o seu NÚCLEO DE ACÇÃO NACIONAL o primeiro a agitar os espíritos e a falar "nacionalmente ou superiormente a este País". E porquê? Porque perdemos o ideal nacional (e com o fim do Império em 1974, destruímos o último dos conceitos) e, como consequência desse vazio de ideias, emparceirámos com a França republicana e jacobina:
«se resultou com os avecs, também resultará connosco» pensou aquela burguesia radical dos Arriagas e dos Costas.
Mas Pessoa aponta-nos a diferença: para além de não haverem leis sociais universais - patranha dos positivistas (e dos marxistas românticos)- Portugal não tem vida institucional legítima e, assim sendo, a vida constitucional fica erguida sobre o nada. E do nada, nada pode vir.
OS PARTIDOS: essa excrescência democrática. O nosso autor afirma que os partidos não se baseiam na "opinião pública" - o alicerce de qualquer governo verdadeiramente justo - porém, antes a orientam e assim pervertem: não a servem, mas servem-se dela.
Daí que: "A DEMOCRACIA MODERNA É A SISTEMATIZAÇÃO DA ANARQUIA" da soma das vontades individuais para chegar à "opinião pública", algo absurdo, porque a "opinião pública" não advém da inteligência, mas sim do instinto, como já escrevi num dos textos anteriores.
A nível histórico, é-nos explicado que "o processo de desnacionalização começou com os Filipes, agravou-se com os Bragança [não me venham falar em restaurar esta Casa para o trono!!!] e explodiu no Constitucionalismo. A contra-reacção da República trouxe o estrangeirismo completo".
Ficam, somente, estas curtas notas. O pequeno opúsculo tem umas simples, mas intensas, 61 páginas. Leiam... Por Portugal.
Menestrel