segunda-feira, 24 de março de 2008

O insustentável peso da ignorância [ou será mesmo imbecilidade?]

Já o grande Sócrates (aqueloutro da cultura grega, não este medíocre pseudo-engenheiro) afirmava que ter a plena consciência da própria ignorância, é o primeiro passo para a sapiência -
Só sei que nada sei.
A partir daqui, e no esforço da dialéctica ascendente de Platão, depois de estarmos ferrados com a lhaneza própria nos princípios que são os nossos, (quem os tem) podemos estruturar o nosso pensamento.

Os que ainda não adormeceram no meio do introitus filosófico, perguntar-se-ão agora: "onde quer ele chegar?"
Responderei: AQUI - http://menestrel-mistico.blogspot.com/2006_08_01_archive.html
No longínquo dia de 20 de Agosto do ano do Senhor de 2006, escrevi neste blog, um post para dar a conhecer a face não revelada de Fernando Pessoa.

Eis a mensagem que quero passar: não sou um democrata num sentido liberal e muito menos num sentido popular. Desde logo, porque rejeito ab-solutamente que o povo, enquanto massa (a criação da sociedade de massas é um fruto burguês) - demos, se possa auto-governar - kratos. Em segundo lugar e não sendo, de modo algum, um seguidor do Absolutismo Régio ou da proto-totalital (não totalitária) monarquia hobbesiana, como o nosso caro Corcunda já insinuou ( espero desfazer o engodo, logo que tenha tempo), admito, ao invés, uma participação do povo (em algo que está na moda em alguns blogs que frequento) na Câmara Corporativa, uma casa onde estão representados organicamente os interesses da Nação (a organização social pelo trabalho).

Os partidos trairam o povo - a democracia liberal falhou;
O comunismo trucidou o povo - a democracia popular ruiu;
Por isso torna-se evidente a urgência de ressuscitar a democracia orgânica.

O insustentável peso da imbecilidade está nessa sórdida gente da esquerda que, numa ignorância atroz (atenção que eles julgam-se cultos!) colocando no altar Fernando Pessoa (ah, como eu me divirto com isso!) não conhecendo minimanente o pensamento político, inserem-no naquilo que querem - a democracia liberal e a apologia da liberdade, orientando-o para uma construção utópica e estupidamente irreal, que apenas tem sentido numa mente ou adormecida para o Mundo ou pior, ignobilmente pervertida. Não têm a mínima consciência de quem é Fernando Pessoa, do Núcleo de Acção Nacional e sequer ouviram falar na Justificação para a Ditadura Militar.

É como se colocassem um leão dentro de uma gaiola de canário.



Agora digam vossicelências - é ou não de morrer a rir???

Menestrel

quinta-feira, 20 de março de 2008

Santa Páscoa para todos

ECCE HOMO:


(...)
Et incarnatus est de Spiritu Sancto
ex Maria Virgine,
et homo factus est.
Crucifixus etiam pro nobis
sub Pontio Pilato,
passus et sepultus est.
Et resurrexit tertia die,
secundum Scripturas,
et ascendit in caelum,
sedet ad dexteram Patris.
Et iterum venturus est cum gloria,
iudicare vivos et mortuos,
cuius regni non erit finis;
(...)

Porque a Páscoa já não pode ter o sentido judaico que eles lhe continuam a dar;

Porque a Páscoa não é um coelho ridículo que põe ovos (a idiotice do consumismo não tem limites?);

Porque hoje se celebra a Instituição da Eucaristia, amanhã a Paixão do Senhor, e no domingo a sua Ressurreição dos Mortos;

Reflitamos no sentido da Páscoa e no sacrifício de Jesus Cristo.

Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto,
Sicut erat in principio et nunc et semper et in saecula saeculorum.

Amen.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Prós e Contras: uma resenha e um esboço pessoal


Escrevo, propositadamente, 3 dias depois do programa. Em primeiro lugar, para dar tempo e espaço para que os meus compatriotas da blogoesfera pudessem escrever as suas opiniões; em segundo lugar para eu próprio me conseguir despir da emotividade que me ligou ao programa pois, para além de ser o tema, assistir em directo no estúdio ao debate, é algo que nos enreda e envolve de uma forma tão absorvente que eu, sinceramente, não esperava. Conto agora com uma visão mais desapaixonada para mostar a vossincelências a insalubridade atroz de um lado e a magnificiência espiritual pontual de algum esclarecimento (que eu não fazia ideia existir em alguns cérebros) que brotou por detrás daquelas câmaras.

Paulo Teixeira Pinto foi uma surpresa. Um liberal, um capitalista, um burguês no pior sentido da palavra, revelou-se durante aquelas horas, num cavalheiro de convições, falando num tom calmo que cativou o espectador comum. Gostei particularmente da frase "a Monarquia tem de estar acima dos partidos; por isso eu sempre fui monárquico e nunca votei no PPM". Democratazinho? Ah pois, o que esperavam vossincelências? http://lusavoz.blogspot.com/2008/03/monrquicos-porque-democratas-no-se.html

Adelino Maltez foi celestial. Porém, aquela forma doutrinária de falar, confunde os espíritos - é próprio de um ideólogo, mas o povo fica na mesma. É aqui que se insere o texto do nosso estimado Demokrata, no que se refere ao consenso: http://dmkrt.blogspot.com/2008/03/prs-e-contras-uma-nota-breve.html
Todavia, deixo uma nota para quem não sabe - o saudoso António Sardinha, mestre do Integralismo Lusitano, escrevia, no seu Ao Princípio era o Verbo, "doutrina da República [res publica, fim da concepção patrimonial do poder político, que não faz sentido desde o século XV] com Rei", não esqueçamos. Por fim "segundo as Leis Fundamentais do Reino [não é neste blog que elas estão sempre a ser evocadas?] ele (D. Duarte) não é Rei [nem legítimo pretendente]".

António Reis - o encarnar da orgia maçónica, do estrangeirismo completo. Como já li, não podiam ter escolhido melhor [pior] representante. Se tivesse batido mais uma vez na tecla do "sufrágio universal e directo" como forma inalienável de nomear o Chefe de Estado teria, certamente, levado com um tomate podre, bem no meio da testa, ao gosto do povo que assistia a péssimos espectáculos saltimbancos do Ancien Régime. (Ah é verdade, ele acha que o Canadá é uma república e que, portanto, a Rainha de Inglaterra quando para lá viaja, é a fim de se empoleirar na grande torre de Toronto e ver as vistas.)

Medeiros Ferreira - muito enervamento, pouca doutrina. É isto a defesa da República??? Creio que não é preciso nos preocuparmos muito mais tempo.

António Costa Pinto - uma desilusão das grandes. Argumentos fracos e um ar extremamente presunçoso. Alguém tem de lhe dizer para parar de andar atrás das senhoras da maquilhagem, durante os intervalos, a fim de o retocarem. Não só porque é pouco masculino tanta mariquice, como lhe toma o tempo tão preciso para ler os apontamentos das premissas necessárias para defender a República. A gente agradece.
NÃO ESQUECER:
A Monarquia não é regime político; não é sistema político; e muito menos forma de Estado. É forma de governo! Esta gente nunca pegou num manual de Direito Constitucional?
Menestrel

domingo, 9 de março de 2008

A não perder - Prós e Contras 10 de Março 2008

Nunca assim:






Essencialmente assim:







Porque também não pode ser assim:




Façam o favor de ver, ainda que, no fim, tudo não passe de uma burguesice qualquer, de gente que nem sabe o que é a Monarquia Portuguesa e, tão-pouco, daqueloutros que estão - estupidamente - convictos que o paradoxo "República Portuguesa" não o é coisíssima nenhuma.

Veremos o que vai sair dali!



Menestrel